No dia 16 de agosto de 2015, alguns manifestantes foram às ruas de algumas cidades do Brasil para basicamente pedirem o pedido de impeachment da presidenta Dilma e protestarem contra a corrupção de maneira genérica e abstrata. Muitos se nomearam líderes do movimento, porém nenhum dos movimentos apresentavam fatos concretos para o impedimento da presidenta eleita.
Chamou muito a atenção nas redes sociais, uma coreografia realizada em Fortaleza/CE onde manifestantes uniformizados dançavam uma música anti pt, com movimentos semelhantes à danças carnavalescas.
A situação mostrava mais um momento de catarse e de diversão do que um movimento político, com estratégia claras e com proposições concretas e pautadas da ordem constitucional brasileira. Pessoas contrárias às manifestações nas redes sociais apelidaram tal evento como carna coxinha, termo irônico usado para rotular pessoas de direita.
No decorrer da manifestações, alguns absurdos apareceram, como uma senhora que lamentava o fato da presidenta eleita não ter sido enforcada nos porões da ditadura militar.
Outras senhoras lamentavam o fato de não terem matados todos os esquerdistas no regime militar.
Outros propunham à Dilma, que a mesma tirasse a sua própria vida. Lamentável,
Manifestações populares são importantes e vitais para uma democracia. Porém, manifestações que pregam o ódio, violência, a instauração de uma ditadura, são um perigo evidente para a democracia. Bradar freneticamente contra um representante devidamente eleito, sem citar fatos concretos e sem saber quais as consequências de tais atos deixa um grande vácuo para o monstro do fascismo.
A Europa dos anos 20 e trinta, fragilizada pela I Guerra Mundial e pela crise de 29, viu florescer no descontentamento popular, o fascismo e o nazismo, que todos que conhecem história sabem dos seus terríveis desdobramentos.
O Brasil da década de 60 também presenciou a histeria de uma classe média que temia um golpe comunismo que nunca nem chegou perto de existir e que deu lastro para o Golpe Militar que jogou o país em uma era de trevas.
Ódio, fanatismo, intolerância e principalmente, um momento onde inexiste a proposição de pautas políticas institucionais, nossa democracia jovem e imatura, corre sérios riscos!
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