Jards Macalé, cantor, compositor, produtor de discos lendários dos anos 70 (Transa, Fatal), instrumentista virtuoso, lança single de uma música inédita após vinte anos. A música lançada, é construída a partir do “Canto I” de Ezra Pound, traduzido por Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos.
É inevitável não pensar no cenário político e social que o país atravessa, com a escalada do obscurantismo, chegando aos postos oficiais da do Estado brasileiro. A faixa, um aperitivo para o 16º álbum de sua carreira, o primeiro com inéditas em 20 anos.
Produzido por Kiko Dinucci e Thomas Harres, e com direção artística de Romulo Fróes, o disco será lançado no mês que vem, é o primeiro álbum de Jards desde 2011. Artista que já escreveu seu nome na música popular brasileira, busca parceria com muitos dos jovens músicos que trabalharam recentemente com a cantora Elza Soares, que deram como frutos os dois álbuns aclamados pela crítica (A mulher do Fim do Mundo e Deus é Mulher).
Produzido por Kiko Dinucci e Thomas Harres, e com direção artística de Romulo Fróes, o disco será lançado no mês que vem, é o primeiro álbum de Jards desde 2011. Artista que já escreveu seu nome na música popular brasileira, busca parceria com muitos dos jovens músicos que trabalharam recentemente com a cantora Elza Soares, que deram como frutos os dois álbuns aclamados pela crítica (A mulher do Fim do Mundo e Deus é Mulher).
Jards é um dos compositores mais importantes da música brasileira
moderna — e um dos mais indóceis. Autor de clássicos do cancioneiro
nacional como “Vapor Barato”, “Só Morto”, “Gotham City”, “Anjo Exterminado” e “Mal Secreto”, ele foi parceiro de Waly Salomão, Capinam, Torquato Neto, Naná Vasconcelos e Jorge Mautner, além de ser gravado por artistas tão diferentes quanto Gal Costa, Maria Bethânia, Clara Nunes e Camisa de Vênus. De alma noturna e timbre grave, Macalé é um sambista subversivo, anti-herói da própria biografia.
A música lançada junto com um belo clipe, traz em seu arranjo uma introdução que não deixa de lembrar a icônica música Ghotam City, lançada em 1969 no 4º Festival da Canção. Depois, quebra a sequência com uma levada bossa nova, com o seu vilão malemolente que o consagrou. “Chegamos ao limite da água mais funda, levanta o olhar pro céu”, canta Jards Macalé,
75 anos, com a boca submergindo como se estivesse se afogando, seu
canto gravado com o rosto sobre uma bacia, balbuciando os versos
enquanto afunda a voz na água. A contundente canção termina com um furioso e sujo solo de guitarra.
Como sempre, os grandes artistas conseguem captar com sua obra o retrato dos tempos vividos.
TREVAS
Música: Jards Macalé
Letra: Adaptação de Jards Macalé para “Canto I” de Ezra Pound, a partir da tradução de
Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos
Voz e Violão: Jards Macalé
Violão: Kiko Dinucci
Baixo: Pedro Dantas
Bateria: Thomas Harres
Guitarra: Guilherme Held
VIDEO CLIPE
Direção: Gregório Gananian
Co-direção: Gabriel Kerhart
Montagem: Gregorio Gananian, Danielly o.m.m, Cesar Gananian
Direção de fotografia: João França
Arte Luz: LabLUXz_ LAS3R, Diogo Terra Vargas
Produção de set e esculturas: Danielly o.m.m
Assistente de Câmera: Ângelo Lorenzetti
Color Grading: André França
Finalização grade: Marcelo Rodrigues
Assistência: James Peret
Colaboração de montagem: Flávio Caputo
Direção Musical: Jards Macalé
Direção artística: Rômulo Fróes
Produção Musical: Kiko Dinucci e Thomas Harres
Direção Geral: Rejane Zilles
Produção Executiva e Produção Artística: Thai Halfed Gravado no Red Bull Studios São Paulo, em agosto de 2018
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